
Depois de uma manhã de preguiça, entre banhos de Sol e conversas esotéricas, alguns lembram-se de deitar mãos à próxima refeição.
Na bancada, junto de Susana e das Danielas, Fanny dedica-se a cortar nos legumes e 'na casaca' de Cleide. A outra loira está no fogão com João J. e o cobiçado João M.. Fanny não gosta de os ver tão próximos e muito menos tão divertidos. Sem se conseguir controlar, vai soltando 'alfinetadas' e picardias várias. Só as suas companheiras de bancada parecem atingir o alcance das tiradas. João M. e Cleide, os alvos inequívocos das suas provocações desdenhosas parecem nem sequer se dar conta.
A irritabilidade de Fanny vai em crescendo: «sanguessuga!!», cospe ela para o lado do fogão, por várias vezes. Nada! Cleide não reage. João M. também não. Estão ambos tão entregues ao cozinhado que trazem ao lume que não lhe prestam a menor atenção.
Fanny lança então mão a um 'repertório' alternativo. Numa compilação de sua própria autoria, alinhava vários 'hits' da música brasileira como quem alinha balas de canhão. De Luca a Ivete Sangalo, passando por outras pérolas sertanejas, a loira que veio da Suíça segue disparando várias rajadas mortais em forma de canção, sempre - claro! - com a mira bem apontada a Cleide e João M.: "Tô nem aí, tô nem aí!", "Depois não venha me falar dos seus problemas / que eu quero esquecer!", etc, etc, etc.
Susana não se manifesta, mas as Danielas mostram-se compreensivas com o seu despeito, entre sorrisos e meias palavras. Cleide, acaba por 'sair de cena' discretamente, mas nem assim os ciúmes de Fanny se aplacam. Aproveitando um momento em que se cruza com João M., a caminho do frigorífico, Fanny faz questão de azedar o tom e colocar um travo de fel nas palavras. João M. parece atarantado com a atitude da amiga mas, diante da insistência de tamanho 'amargo de boca', começa a perder a paciência.
O almoço ainda agora foi para o lume, mas o caldo já começou a entornar...

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